Nilton Quoirin
Entre conversas e silêncios vou-me apercebendo que estou em fase de regresso. Há o regresso físico, numa viagem de lá para cá. Depois há as muitas outras pequenas viagens de regressos: de pormenores ridículos de me espantar com o valor de 2,8€ por dois croissants e um pastel de nata… quando em Paris só o pastel de nata seria 2€, passando pela sensação de precisar de tempo e oração para dar-me conta das mudanças. Parece que foi ontem, mas 5 anos fora é algum tempo, ainda mais quando muito aconteceu. O regresso também é tomada de consciência das mudanças, do solidificar ou confirmar caminhos, em registo de tanta gente que conheci, seja em conversas soltas, seja em amizades que ficarão pelo tempo. Estes dias passados foram de (re)encontros, de conhecer a nova casa, de começar a perceber os desafios da nova missão e de recordações, o que permitiu escutar e contar o “como foi” destes últimos tempos. Vivi também a alegria de co-celebrar na ordenação sacerdotal de três companheiros na Sé Nova de Coimbra. Hoje foi a Missa Nova de um deles, com foguetes e tapete de flores. Depois, coisas curiosas como andar na rua e “Desculpe, é o padre Paulo?” “Sim, sou!” “Ah, comecei a segui-lo pelo blogue, depois pelo facebook. Não sei se tem tempo, mas com algum descaramento pergunto: posso confessar-me?” “Vamos a isto! :) ” É isto, entre conversas e silêncios, vou-me apercebendo que estou em fase de regresso.
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