Pai José
Achei piada quando descobri esta fotografia. Comecei a praticar ginástica acrobática com 13 anos. Recordo bem o esforço de treinar a espargata para ir a competição. Ainda não estava no ponto, mas, como se nota, já ia avançado. Ganhar flexibilidade exige trabalho. Não só flexibilidade de corpo físico, mas também de espiritual, psicológico e social. Uma das técnicas é começar pelo amor-próprio. Gostar-se realmente de quem se é, é mais difícil do que parece. Implica conhecer, tanto do que é bonito e agradável, como do lado sombrio que incomoda. Depois, começar a estar atento ao outro, na sua diferença, sem fazer o julgamento imediato, rotulando-o seja do que for. Algo igualmente fundamental, perceber onde é que os estereótipos vão entrando e obrigam a que “tenha de ser assim porque sempre foi” ou “há que mudar porque sim”. Ganhar flexibilidade, poderá significar sair da rigidez para a compreensão. No fundo, deixar que o coração de pedra se transforme em carne.
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