Prasad Perakam
Tenho-me apercebido da grande dificuldade que muitas pessoas têm para aceitar os seus dons, capacidades, talentos, virtudes. Talvez por surgir o medo ou a vergonha do julgamento com frases do tipo “convencido(a)!”, “quem acha que se julga?”, “olha, este(a) a se armar”, “olha a imensa modéstia que por aqui anda” dito com ironia, acaba por dar-se a dificuldade no reconhecimento dos dons. Ninguém é bom em tudo. Mas também não há ninguém que não tenha dons. Gasta-se tanta energia tanto quando se rebaixa alguém, como quando não se é devidamente valorizado. Por isso, parece-me que devia usar-se bem essa energia, por um lado, a (re)conhecer e a agradecer os dons que se têm, por outro, a (re)conhecer e a agradecer os dons que os outros têm, pondo-os todos a render, sobretudo no caminho da humanização.
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