Robert Atanasovski/AFP
Somos concebidos em cultura. Essa cultura que atravessa a humanidade condiciona o modo de pensar e viver. É difícil, para não dizer impossível, alcançar a pura neutralidade. Questões de crenças atravessam todos os âmbitos. Ser humano é ser crente. E não vale a pena fugir disto. Os tipos de crenças é que podem variar: do desportivo ao religioso, sem esquecer o político, elas pairam na vida de cada um. Somos cultura, somos crença… e somos relação. Nessa relação deveríamos perceber a riqueza da humanidade na sua diversidade. Chegam-nos humanos, como cada um de nós, por mar, atravessando arames farpados, de culturas diferentes. Apenas buscam viver… nem é viver melhor, apenas viver. Ficar-se neutro é impossível, já não o é optar entre o medo ou a confiança na altura de falar na ajuda que se pode dar. Continuo a acreditar que, para além das crenças todas, possa crescer a de um mundo melhor. Nestes dias, de todo que passa por acolher, e não expulsar, sobretudo quem quer apenas viver.